sábado, 28 de dezembro de 2013

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

Hoje a corrida de S. Silvestre.



Hoje, 21122013 a corrida de S. Silvestre na Rua S. Vicente.
Inscritos: 1.821
Foto partilha de Rui Rui.




quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Uma Obra, um artista da nossa Rua.





Presépio Série Limitada a Sete Exemplares/2013
Alberto Vieira
Em grés.
Alt. 40 Cm x Larg 37 x 15 Cm.
Exposição Natal 2013 - Rua S. Vicente 47A.



domingo, 15 de dezembro de 2013

Percurso "Moura Coutinho" em S. Vicente.



Na Rua Júlio de Lima, coração de S. Vicente no passado sábado.
 Percurso do património "Moura Coutinho" organizado pela Braga+ e JovemCoop - Esta Rua e todo o edificado lado nascente e poente obra do mesmo a expensas do "nosso" benemérito Júlio de Lima dono e residente no Palacete que se avista desta rua. 
O grupo teve a oportunidade de visitar um Prédio, obra de Moura Coutinho Rua S.Vicente/Rua Júlio de Lima. No local constataram uma das suas "marcas" a luminosidade, o aproveitamento espacial da área disponível.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Um dos mais Belos Jardins de S. Vicente, Rotunda de Infias.


Um dos mais Belos Jardins de S. Vicente, Rotunda de Infias.
 Porquê a publicidade em primeiro lugar que o Património?
 Proposta retirar toda a "tralha" visual à entrada da cidade, tirar partido de iluminação a partir do chão das diversas espécies de flora, arbustos e árvores. Ficaria um jardim exemplar.



domingo, 1 de dezembro de 2013

O Largo de Infias (Partilha de saber...Luís Dias Costa)



Partilha de saber  ... Luís Dias Costa (Face Memórias de Braga)


O LARGO DE INFIAS

Ultrapassando a Igreja de São Vicente, e seguindo pela rua Dr. Domingos Soares, deparamos com o Largo de Infias, no qual se destaca a mole imensa do antigo colégio dos Padres do Espírito Santo, que foi declarado propriedade do Estado e dos Corpos Administrativos pelo artigo 62º da lei da República de 20 de Abril de 1911, e que passou a ser a sede do Liceu de Braga, Sá de Miranda, depois de profundas obras, por volta dos anos vinte do século passado, transferido da Avenida Central onde se encontrava sediado quase desde a sua criação em 1841, no edifício conventual dos Congregados de São Filipe de Nery.
Neste largo, bela placa ajardinada, vê-se o busto do bracarense Dr. Domingos Pereira, homenagem prestada pelos republicanos de Braga, em pleno Estado Novo, ao Presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Braga, após a instalação em 1910 da República Portuguesa e logo a seguir Presidente do Ministério, além de outros elevados cargos e serviços que prestou à novel república.
Neste RECANTO de Braga, tem especial destaque, o Cruzeiro do Senhor das Ânsias, que para o local foi removido do então Largo dos Penedos (hoje Praça Alexandre Herculano) na confluência das ruas dos Chãos, Carvalhal, Santo André e São Vicente. A sua cobertura, em triângulo, é sustentada por três colunas rematadas por capitéis do estilo coríntio. É uma saudação da Braga Católica, aos viajantes que vindo dos lados do Cávado vem à cidade. Pena é que agora se encontre praticamente encoberto por uma grande placa informativa. NÃO HAVERIA OUTRO LOCAL ? OU SERÁ QUE FOI PROPOSITADAMENTE COLOCADA PARA ENCOBRIR A MENSAGEM DA BRAGA CATÓLICA ?
Fronteiro a esta placa ajardinada, encontramos dentro de um jardim gradeado, á entrada da nova urbanização de Infias (mais um dos ultimamente “aparcamentos-armazéns de pessoas, terrenos Pachancho, em prejuízo dum projecto que não interessava aos IMOBILIÁRIOS), encontra-se o Palacete Arantes, construído no início do século passado (a sua construção custou a então quantia de DEZOITO CONTOS de reis OURO, dinheirão imenso para a altura), pelo capitalista brasileiro que deu nome à rua de acesso à referida urbanização, nos terrenos e casa do então Barão de Torrados.
É um palacete tipicamente de brasileiro, de 1900 e até há pouco com o seu jardim romântico, lago, pontezinha e arvoredo exótico e uma fachada do estilo usado pelos endinheirados “retornados do Brasil”, (onde o clima aconselhava a janelas e portas altas), com vidros trabalhados com o monograma do proprietário, capela e todas as mais conveniências destinadas ao bom estar dos que ali iriam descansar depois de uma vida de trabalho pela “estranja”.
Nesse palacete, hoje ampliado, mas respeitando a construção inicial, depois de uma necessária adaptação a uma Albergaria de luxo, destaca-se a torre-mirante, habitual nas construções mandadas fazer por estes ricos ex-emigrantes.
À entrada da rua de Infantaria 8, e ladeando-a pela parte ocidental e já no começo da estrada nacional que nos leva a Vila Verde e Alto Minho, deparamos com a Casa de Vale Flores, casa brasonada do século XVII, da família Pereira Pacheco (ainda hoje está na posse dos herdeiros desta família). No seu lado, num dos braços do U do conjunto, precisamente o da entrada da rua do Regimento, encontra-se a capela de Nossa Senhora do Pilar, que pertenceu ao bispo de Elvas Dom Alexandre da Silva, a quem sucedeu por sua morte a posse a sua irmã, Dona Natália da Silva, que por sua vez a deixou à Irmandade de Santa Cruz.
Em 1687, conforme se lê na inscrição lapidar que se encontra sobre a porta de entrada, foi comprada à Irmandade, pelo fidalgo de Casa Real e cavaleiro professo na Ordem de Cristo, João Borges Pereira Pacheco, que a anexou à sua Casa de Vale Flores. Necessitando de obras, mandou este fidalgo restaurá-la, e requereu ao Arcebispo consentimento para de novo a sagrar e nela proceder aos Ofícios Divinos. Ainda hoje é pertença dos herdeiros. Nela estava pendente da parede uma pintura representando o martírio de um padre jesuíta, irmão de Dona Ana Borges Pacheco, avó do comprador do templo, que tinha os dizeres:

“O padre Francisco Pacheco, filho de Garcia Lopes Pacheco e de Maria
Borges de Mesquita da vila de Ponte de Lima, provincial da Companhia
de Jesus no Japão onde foi martirizado queimado vivo com Francisco
Valente em Magassa a 21 de Julho de 1628.”

A representação pictórica deste martírio está representada no tecto do Salão Nobre do Museu dos Biscainhos. O jesuíta martirizado era também familiar desta Casa.
Um túmulo de pedra, colocado na parede do lado nascente, encerra os restos mortais do comprador da capela e tem uma inscrição que diz :

“SEPULTURA DE JOAM BORGES PEREY-
RA PACHECO FIDALGO DA CAZA DE
SVA MAGESTADE CAVALEYRO
PROFESSO NA ORDEM DE CHRISTO
ANNO DE 1687”

Aliada a esta Casa e Capela anda uma lenda com um terrível desfecho.
Todo o conjunto, Casa e Capela, estão classificados pelo decreto 129/77, de 29 de Setembro de 1977, como imóveis de interesse público.

Braga, 20 de Junho de 2006
LUIS COSTA