quinta-feira, 12 de abril de 2012

Galeria SECULAR - Obras Regenerar Centro Histórico Braga

A galeria secular a céu aberto, uma obra notável mesmo nos dias de hoje se pensarmos que desde Sete Fontes  (Monumento Nacional) até á rua S. Vicente distam uns 4000 metros.
A esta rua de S. Vicente também esta associada a Via XVIII, Via Nova, Via Ouro, Romana.
Preservar através de um museu "in situ" seria mostrar respeito por uma obra de grande qualidade técnica , depois as valências associadas :


- Razões Históricas:
Já mencionadas anteriormente - VIA XVIII, Património Nacional SETE FONTES (por associação à classificação das Sete Fontes);

- Razões Culturais, Sociais:
Conhecer e dar valor à importância da água - um bem essencial à vida.
Devemos conhecer e preservar a história do local (profissões associadas à engenharia do transporte da água, técnicas construtivas e protecção às condutas.
Um tema tão vasto e tão rico que ensinaria às crianças a valorizar esta temática (Lembro que hoje criam-se quintas pedagógicas, porque as crianças não teem  vivências reais. Ex: Pensam que os ovos são fabricados ou então vêm do supermercado).

- Razões Turísticas
Hoje ninguém tem dúvidas acerca da receita e o peso do Turismo na economia, local, regional e nacional.
Ora Braga, que tem alguns pontos de interesse turísticos (Romanos, Medievais, Barrocos, Religiosos, Contemporâneos, ...) tem que encontrar meios para fixar o turista na cidade e na região.
Aqui está uma razão: procurar uma fruição, uma interligação entre o centro da cidade e a periferia, passando por locais como este (Rua S. Vicente e a sua ligação às Sete Fontes). O museu "in situ" cumpriria essa função. A rua teria mais pessoas a circular, o que activava o comércio. Por outro lado, o Património era defendido para Bem de Portugal.


Impossibilidades ou impedimentos para a concretização desta musealização?  Não as vemos.
- A rua tem de largura suficiente - De parede a parede (entre casas) tem, pelo menos, 6,45 metros.
- A Galeria Subterrânea que foi encontrada tem de largura 0,64 metros. 
- Poderia ser a céu aberto, protegido por gradeamento amovível. Custos insignificantes.




Notar a grandiosidade desta obra, no interior da galeria o tubo de ferro suspenso apoiado em pedras fixas na parede lateral da mesma.(na parte a céu aberto o tubo já é de PVC, ligação provisória) Notar os orifícios do lado esquerdo "tapados" (rectangular) que seriam os chamados  "raposos", local onde os funcionários ao circular na galeria retiravam o "lixo" para assim permitir a qualidade da água e sua fluidez.
Notar a preciosidade pedra com orifício redondo. (pedras assim encontram-se no Monumento Nacional Sete Fontes, daí a necessidade de por associação à Sete Fontes a Rua de S. Vicente deveria ser musealizada  "in situ", uma parte desta grande obra de engelharia hidráulica do Séc.XVIII) .
Notar os apoios em pedra (parede lateral) onde apoiava o tubo de ferro de abastecimento de agua ficando suspenso na dita galeria. Estes apoios em pedra foram cortados e retirado a tubagem em ferro.
Cápeas de granito que cobriam a galeria secular subterrânea (durante a obra foram todas retirada).

Clique na imagem para ver o percurso da galeria secular que vai desde a Rua de S.Vicente até às Setes Fontes (Monumento Nacional):

Infelizmente  não é este o entendimento da nossa Câmara Municipal de Braga, pois tudo isto foi aterrado.
Aqui fica o registo para memória futura.